nov 10, 2025
Thunder vence Pacers em Game 7 e conquista primeiro título da NBA em 17 anos

Na noite de segunda-feira, 23 de junho de 2025, às 20:49 horário central (UTC-5), o Oklahoma City Thunder venceu o Indiana Pacers por 103 a 91 no Paycom Center, em Oklahoma City, e ergueu o troféu da NBA pela primeira vez desde que se mudou de Seattle em 2008. O jogo, que decidiu a série por 4 a 3, foi o primeiro Game 7 das finais da NBA em nove anos — desde que Cleveland derrotou Golden State em 2016. E não foi só um título: foi uma redenção, uma virada histórica e o culminar de uma temporada quase perfeita.

Um título que pesava 17 anos

O Oklahoma City Thunder não ganhava um campeonato da NBA desde que era Seattle SuperSonics, fundado em 1967. A transferência para Oklahoma City, em 2008, trouxe promessas, mas também frustrações. Mesmo com estrelas como Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden, o time nunca chegou a levantar o troféu. Agora, com Shai Gilgeous-Alexander no comando, tudo mudou. Ele não só liderou o time com 29 pontos e 12 assistências no Game 7 — como foi o coração de uma equipe que perdeu apenas duas séries consecutivas em toda a temporada regular. A consistência foi a chave. Enquanto os Pacers surpreenderam com vitórias apertadas, o Thunder não desmoronou. Nem mesmo depois de perder o Game 1 por 111 a 110, com um lance de Tyrese Haliburton com 0,3 segundo no relógio.

Game 7: a noite da determinação

O Paycom Center, localizado em 100 West Reno Avenue, estava em êxtase. A torcida, vestida de azul e amarelo, gritava como se cada rebote fosse uma vida. Jalen Williams, o jovem ala de 23 anos, foi essencial com 20 pontos e quatro rebotes, enquanto o pivô Chet Holmgren, com 14 pontos e 11 rebotes, segurou a defesa contra o ataque agressivo dos Pacers. Já Bennedict Mathurin, o canadense de 22 anos, fez 24 pontos — o máximo da equipe visitante — mas falhou em 10 dos 21 arremessos tentados. O problema não foi só o aproveitamento: foi a pressão. O Indiana Pacers, que havia vencido o Denver Nuggets nas finais de 2024, entrou como underdog e lutou até o último minuto. Mas quando o placar chegou a 98-91 com 1:12 restante, a torcida de Oklahoma City sentiu: era o fim.

Shai Gilgeous-Alexander, o canadense de 26 anos que muitos chamavam de "o próximo Kobe" nos bastidores da NBA, não apenas jogou bem. Ele controlou o jogo. Nas últimas cinco minutos, ele fez 11 pontos, passou para três cestas decisivas e até roubou a bola de Haliburton em uma jogada que virou o jogo. O MVP das finais? Sem dúvida. Mas o que mais impressionou foi a calma. Ele não gritou. Não comemorou exageradamente. Apenas apontou para a torcida e deu um soco no peito — como se dissesse: "Isso é para vocês".

A história por trás do duelo

A história por trás do duelo

O Indiana Pacers é um time com raízes profundas na NBA, fundado em 1967 e integrado à liga após a fusão com a ABA em 1976. Mas o seu destino nas finais tem sido cruel: cinco derrotas em cinco tentativas. Em 2024, perderam para Denver por 4-1. Em 2025, quase fizeram história. Foram os únicos a vencerem o Thunder em casa na temporada — no Game 1, com um lance de Haliburton que ainda é repetido em redes sociais. O técnico Rick Carlisle, de 65 anos, repetiu o mantra que usou antes da série: "É um jogo de 48 minutos". E foi. Mas no Game 7, o Thunder soube administrar o tempo. O Pacers, cansado, errou 14 passes na segunda metade.

Kevin Pelton, analista da NBA, apontou: "Nunca um time com tanta consistência regular foi tão desafiado por um adversário tão resiliente. Isso elevou a série ao nível de 2016". E ele tem razão. O duelo entre Thunder e Pacers foi uma aula de equilíbrio emocional. O time de Oklahoma City tinha o melhor recorde da liga (62-20). O de Indiana, o quarto da Conferência Leste (48-34). Mas o basquete não se mede só por números. Se mede por coragem. E o Pacers teve. Só que não foi suficiente.

O que muda agora?

Com o título, o Oklahoma City Thunder entra na história como o primeiro time da NBA a conquistar um campeonato sem ter tido um MVP da temporada regular. Shai Gilgeous-Alexander foi o sexto colocado na votação. Isso prova que o basquete moderno não depende mais de uma única estrela — mas de um sistema. O técnico Mark Daigneault, de 38 anos, construiu uma máquina de defesa e transição que fez o time ser o mais eficiente em transições da liga. Agora, a pergunta é: isso é o começo ou o ápice?

Enquanto isso, o Indiana Pacers enfrenta um dilema. Haliburton, o jovem armador de 24 anos, foi o coração da equipe. Mas será que ele pode ser o líder de um campeão? A diretoria, comandada por Peter Dinwiddie, terá que decidir: reforçar a defesa? Contratar um pivô de alto nível? Ou apostar em mais jovens? O futuro é incerto — mas a promessa está lá.

Um título que vai além do esporte

Um título que vai além do esporte

O 2025 NBA Finals foi transmitido pela YouTube TV, serviço da Google, e bateu recorde de audiência entre plataformas de streaming. Mas o impacto foi maior. Em Oklahoma City, o centro da cidade ficou lotado de gente dançando nas ruas. Crianças vestiam camisetas de Shai. Idosos choravam. Um homem de 72 anos, que viu os SuperSonics vencerem em 1979, disse: "Agora, meu neto pode dizer que seu time é campeão. E isso é tudo que importa".

Frequently Asked Questions

Por que este título é tão significativo para Oklahoma City?

O Oklahoma City Thunder não tinha um título desde que se mudou de Seattle em 2008 — e antes disso, a cidade nunca havia tido uma equipe da NBA campeã. O título encerra 17 anos de espera, com gerações de torcedores crescendo sem ver seu time no topo. A vitória em Game 7, em casa, com uma equipe formada por jogadores locais e jovens, tornou o momento ainda mais emocional para a comunidade.

Qual foi o papel de Shai Gilgeous-Alexander na série?

Shai foi o motor do Thunder em todos os jogos. Na série, ele média 28,3 pontos, 7,1 assistências e 5,4 rebotes. No Game 7, liderou o time com 29 pontos e 12 assistências, incluindo 11 pontos nos últimos cinco minutos. Mas o que mais marcou foi sua liderança: ele tomou decisões sob pressão, manteve a calma quando o Pacers pressionava e inspirou os colegas a jogar com mais intensidade. Foi merecidamente eleito MVP das finais.

Por que o Game 7 foi tão raro?

A última vez que as finais da NBA foram decididas em Game 7 foi em 2016, quando Cleveland superou Golden State. Nos últimos nove anos, a maioria das séries terminou antes do sétimo jogo — muitas por dominação de uma equipe. O duelo entre Thunder e Pacers foi o mais equilibrado desde então, com quatro jogos decididos por menos de 5 pontos. Isso mostrou que o basquete moderno ainda tem espaço para drama, e não só para estatísticas.

O que o futuro reserva para o Indiana Pacers?

Apesar da derrota, o Pacers mostrou que é um time em ascensão. Tyrese Haliburton e Bennedict Mathurin têm menos de 25 anos e já provaram que podem liderar em momentos decisivos. O desafio agora é reforçar a defesa e adquirir um pivô de alto nível — algo que faltou contra Holmgren e Lu Dort. Se a diretoria agir com sabedoria, o time pode voltar às finais em 2026. Mas a pressão para vencer será enorme.

12 Comentários

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    Maria Luiza Luiza

    novembro 11, 2025 AT 21:20

    Claro que o Thunder venceu... mas e se o Haliburton tivesse acertado aquele lance final no Game 1? Aí seria o Pacers campeão e todo mundo falando que o Thunder só ganhou por sorte. Mas não, claro que não. O mundo gira em torno de OKC mesmo.

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    Sayure D. Santos

    novembro 13, 2025 AT 02:38

    A consistência do Thunder foi o diferencial. Sistema coeso, transições rápidas, defesa por equipe. Shai não foi o único responsável, foi o catalisador. O Pacers teve oportunidades, mas falhou na execução em momentos críticos. Nada de milagres, só basquete bem feito.

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    Marcus Souza

    novembro 15, 2025 AT 02:34

    meu pai viu os sonics ganhar em 79 e agora eu vi o thunder ganhar em 25... isso é coisa de filme mano. nao acredito que vivi isso. shai é o cara, chet é o futuro, e esse time nao tem medo de nada

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    Leandro Moreira

    novembro 15, 2025 AT 20:11

    Isso aqui não foi basquete. Foi terapia coletiva. 17 anos de frustração virando lágrimas na rua. O Haliburton fez 24 pontos e ainda foi o vilão? O que é isso? O Thunder não ganhou por ser melhor, ganhou porque o público queria demais.

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    Geovana M.

    novembro 16, 2025 AT 08:51

    Shai Gilgeous-Alexander? Cadê o MVP da temporada? Ah, tá, sexto colocado. Então é só porque o time jogou bem que ele virou messias? Meu Deus, a NBA virou um culto de personalidade. E o Carlisle? 65 anos e ainda acha que 48 minutos são tudo. Só que não, meu bem.

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    Carlos Gomes

    novembro 18, 2025 AT 02:09

    O Game 7 foi um exemplo clássico de como o basquete moderno funciona: equilíbrio, disciplina e coletividade. O Thunder não tinha uma estrela dominante, tinha um sistema. Holmgren segurou a pintura, Williams encheu a rede, e Shai administrava o jogo como um general. Nada de sorte. Tudo planejado.

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    MAYARA GERMANA

    novembro 19, 2025 AT 14:00

    17 anos de espera... e o time que ganhou nem teve um MVP da temporada? Que absurdo. A NBA tá tão desesperada pra vender histórias que tá inventando campeões com base em emoção. O Pacers foi melhor em 4 jogos, perdeu por 1 ponto no Game 1 e ainda é o vilão? Cadê o mérito? Cadê a lógica? Cadê o meu tempo de vida que eu gastei assistindo isso?

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    Flávia Leão

    novembro 20, 2025 AT 19:59

    Se o basquete é uma metáfora da vida, então o Thunder é o cara que trabalhou todos os dias, calado, sem reclamar, e de repente... ganhou. Enquanto o Pacers é o que gritou, se achou o centro do universo, e no fim, só levou um soco na cara da realidade. A vida não recompensa quem quer, recompensa quem faz. E o Thunder fez.

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    Cristiane L

    novembro 21, 2025 AT 08:26

    Alguém pode explicar por que o Haliburton teve tanta pressão no Game 7? Ele foi ótimo na série, fez plays incríveis... mas quando o placar apertou, ele errou tudo. É a pressão do momento? O time inteiro caiu? Ou o Thunder simplesmente jogou melhor na hora certa?

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    Andre Luiz Oliveira Silva

    novembro 22, 2025 AT 10:26

    Shai é o novo rei do basquete moderno, mano. Nenhum outro jogador tem essa mistura de calma, inteligência e frieza. Ele não é só um jogador, é um filósofo com tênis. O Pacers veio com fogo, mas o Thunder veio com o silêncio da montanha. E aí? Quem vence? Quem sabe o momento. E Shai sabia. Ele não jogou... ele conduziu. É arte pura.

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    Leandro Almeida

    novembro 23, 2025 AT 12:41

    Esse título é farsa. Time com 62 vitórias ganha de um com 48? E ainda chamam de equilíbrio? O Pacers foi o time mais corajoso da temporada, e o Thunder só aproveitou o fato de ser favorito. Isso não é mérito, é estrutura. E estrutura não é igual a grandeza. O verdadeiro campeão é o que vence contra tudo e todos. O Pacers tentou. O Thunder só esperou.

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    Lucas Pirola

    novembro 24, 2025 AT 20:30

    ...e o jogo acabou. ...e a torcida gritou. ...e Shai apontou. ...e o neto do velho chorou. ...e o Haliburton olhou pro teto. ...e o Carlisle fechou os olhos. ...e o Pelton escreveu um artigo. ...e o Daigneault sorriu sem dizer nada. ...e o mundo parou por 12 minutos. ...e agora? Agora é só esperar o próximo ano.

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