Quando Leonardo Roitman, interpretado por Guilherme Magon, apareceu vivo no capítulo 158 de Vale TudoBrasil, o público ficou boquiaberto.
Na novela original, transmitida em 1988, o filho de Odete Roitman (Débora Bloch) morria no acidente de carro que ela mesmo armou para matar Marco Aurélio (Alexandre Nero). Nesta reinterpretação da Rede Globo, os roteiristas decidiram manter Leonardo vivo, criando um arco de redenção que culmina nos capítulos finais, programados até 18 de outubro de 2025.
A mudança não é apenas um truque dramático; ela serve para explorar novas temáticas, como a leucemia mieloide de Afonso Roitman – outro filho da família, vivido por Humberto Carrão – condição inexistente na versão antiga.
O acidente aconteceu quando Odete sabotou o carro do filho, mirando Marco Aurélio. O veículo capotou, incendiou‑se e deixou Leonardo com sérias lesões neurológicas e físicas. A revelação de que ele ainda estava vivo chegou ao público quando Heleninha Roitman (Paolla Oliveira) encontrou o jovem sendo cuidado por Ana Clara, que alegava proteger seu marido enfermo.
"Foi um choque enorme, mas ao ver o irmão respirar outra vez, tudo fez sentido", declarou Heleninha Roitman em entrevista ao programa de bastidores da Globo.
O tratamento está sendo realizado em um dos melhores hospitais do país, financiado pela própria Heleninha. A equipe inclui fisioterapeutas, neurologistas e uma equipe de farmácia que administra medicação de alto custo.
Já nas duas primeiras semanas, Leonardo conseguiu mover o braço direito e prosseguir com exercícios de pronúncia, reacendendo esperança entre os fãs.
Quando Celina (Malu Galli) reconheceu o jovem no hospital, a cena gerou lágrimas ao vivo. "Ele sempre foi o nosso porto seguro, mesmo quando tudo parecia perdido", comentou.
Afonso, que luta contra a leucemia, recebeu a notícia de que Leonardo seria compatível para doação de medula óssea. "É como se o destino nos desse um segundo chance", murmurou Afonso, visivelmente emocionado.
Odete Roitman, que tenta esconder a culpa, reage com um sorriso frio, mas o olhar trai a ansiedade. "Temamos que a verdade venha à tona", sussurrou em seu quarto.
Além da emoção típica das novelas, a decisão de trazer Leonardo de volta funciona como metáfora de superação. Em tempos de crise econômica e saúde pública, histórias de recomeço ressoam profundamente.
Especialistas em mídia apontam que a trama pode impulsionar a conscientização sobre doação de medula óssea. A Fundação Nacional de Apoio à Doação de Medula (FNA) já registrou um aumento de 12% nas buscas online após o episódio.
Nos próximos capítulos, Leonardo deverá assumir um papel crucial na denúncia dos crimes de sua mãe. A trama promete revelar documentos comprometedores que podem mudar o destino de toda a família Roitman.
O último episódio, marcado para 18 de outubro, deve fechar com uma cena simbólica: Leonardo, agora capaz de falar, confronta Odete em frente ao tribunal, enquanto Afonso celebra a recuperação graças à medula.
A trama acompanhou o processo passo a passo: primeiros dias no hospital, sessões de fisioterapia, dificuldade para falar e, gradualmente, pequenas vitórias como mover o braço direito e pronunciar palavras simples.
Heleninha é a irmã mais dedicada, custeando o tratamento intensivo e atuando como ponte entre Leonardo e o resto da família, além de ser a narradora emocional da sua reabilitação.
Sim. A Fundação Nacional de Apoio à Doação de Medula licenciou a cena como campanha educativa, ressaltando que irmãos têm maior chance de compatibilidade.
Além de manter Leonardo vivo, a nova trama introduz a leucemia de Afonso e o arco de doação de medula, ampliando temas de saúde e redenção que não existiam na produção original.
A última transmissão está prevista para 18 de outubro de 2025, fechando a história com o desfecho de Leonardo e a queda final de Odete Roitman.
Flavio Henrique
outubro 5, 2025 AT 22:08Ao contemplar a ressurreição narrativa de Leonardo Roitman, percebe‑se um movimento simbólico que transcende o mero artifício dramático; a metáfora da redenção emerge como um farol para a sociedade contemporânea, que muitas vezes se vê imersa em crises existenciais. A intricada trama, ao entrelaçar a luta contra a leucemia e a busca por justiça, oferece um terreno fértil para reflexões sobre a fragilidade humana e a capacidade de superação. Ademais, a escolha da Globo em reviver um personagem impossível de ser entretanto morta na versão original demonstra uma ousadia artística digna de análise profunda. Nesse cenário, a narrativa não apenas entretém, mas também educa, ao expor a importância da doação de medula óssea, tema de relevância médica e social. Por conseguinte, a evolução de Leonardo pode ser interpretada como um convite à empatia coletiva, incentivando o público a reconhecer que a esperança pode florescer mesmo nas sombras mais densas.