set 27, 2025
Thais Carla fala sobre a cirurgia bariátrica: saúde antes de padrões de beleza

A decisão de Thais Carla

Quando Thais Carla decidiu fazer a cirurgia bariátrica, a motivação não foi buscar um corpo conforme à moda. A dançarina, mãe de duas meninas, estava cansada de sentir fadiga ao brincar com as filhas e de ver sua mobilidade limitada. Depois de seguir um plano de alimentação e atividades físicas que já havia reduzido 30 kg, ela procurou o Aliança Star Hospital, em Salvador, e passou por um bypass gástrico em abril de 2025.

O procedimento foi apenas uma etapa de um caminho maior. O acompanhamento contou com nutricionistas, endocrinologistas e fisioterapeutas que ajudaram a manter o ritmo de perda de peso e a adaptar a rotina ao pós‑cirúrgico. Em cinco meses, Thais chegou aos 110 kg, trocou o tamanho 66 pelo 54 e retomou as aulas de balé, algo que a tornou famosa nas redes há mais de uma década.

  • Primeiro passo: dieta supervisionada que gerou 30 kg de emagrecimento;
  • Segundo passo: cirurgia bariátrica para acelerar a perda e controlar doenças associadas;
  • Terceiro passo: reeducação alimentar contínua e acompanhamento multidisciplinar;
  • Quarto passo: fisioterapia e retomada gradual das atividades físicas, incluindo balé.
A reação do público e a defesa da saúde

A reação do público e a defesa da saúde

Alguns seguidores apontaram uma suposta contradição, já que Thais antes falava de aceitação corporal. Ela respondeu que nada mudou: a autoestima não vem da balança, mas da capacidade de viver sem limitações. “Eu não precisava mudar, eu quis mudar a qualidade da minha vida”, afirmou.

A influenciadora ainda lembrou que a Organização Mundial da Saúde classifica a obesidade como doença, exigindo tratamento médico quando necessário. Para ela, a escolha pela cirurgia foi um ato de cuidado com a própria saúde e com o bem‑estar de suas filhas, que merecem uma mãe ativa e presente.

Além do apoio profissional, Thais contou com o incentivo dos pais das meninas, que lhe mostraram que o desejo de brincar, correr e dançar era tão real quanto qualquer meta estética. O retorno ao balé não foi apenas simbólico; foi a prova de que o corpo, quando tratado com respeito e orientação, pode redescobrir movimentos antes impossíveis.

O caso de Thais Carla tem gerado debates sobre direitos corporais, responsabilidade médica e o peso das expectativas sociais. Enquanto alguns defendem o direito de cada pessoa escolher seu caminho, outros reforçam a necessidade de reconhecer a obesidade como condição de saúde que pode demandar intervenções como a cirurgia bariátrica.