Em 2015, o reality show “A Fazenda” serviu de palco para o primeiro encontro entre a cantora Li Martins e o modelo JP Mantovani. Os dois foram confinados num sítio do interior de São Paulo e, entre provas de resistência e noites regadas a conversas ao redor da fogueira, a química começou a aparecer. Quem acompanhou o programa percebeu rapidamente que o romance ia além da competição: trocavam olhares, riam das mesmas piadas e, logo nos primeiros episódios, já estavam “de mãos dadas”.
Para os fãs, a história parecia um roteiro de novela – a ex‑integrante do Rouge, que conquistou o Brasil com hits como “Ragatanga”, vivia um momento de ressurreição profissional, enquanto JP, que já participara de outras produções televisivas, buscava se firmar como modelo e personalidade da mídia. A combinação de fama, carisma e a exposição diária fez o casal ganhar as manchetes da imprensa de celebridades logo nas primeiras semanas.
Enquanto o programa avançava, a relação se fortalecia fora das câmeras. Em meio às manhãs de feira, fotos em que eles apareciam abraçados começaram a circular nas redes sociais, ainda que ambos evitassem dar declarações formais. O amor surgido na Fazenda parecia genuíno, e o público ficou ansioso para saber até onde ele iria.
O romance, porém, recebeu seu primeiro grande teste em fevereiro de 2017. Li Martins estava grávida de cinco meses quando o casal decidiu se separar. A notícia pegou a todos de surpresa, principalmente porque a gravidez já estava avançada. Ainda assim, os dois deixaram bem claro que a prioridade seria a filha Antonella, que nasceu em junho daquele mesmo ano.
Mesmo separados, JP manteve um papel ativo na vida da criança e da ex‑esposa. Amigos do casal relataram que ele esteve presente nas consultas médicas, nas primeiras noites sem dormir e nas sessões de fotos da pequena. O modelo também assumiu a responsabilidade de dividir o tempo livre para estar ao lado da filha, estabelecendo uma rotina de co‑parentalidade que, segundo os próprios, se mostrava “saudável e essencial”.
Durante um ano e meio, a família surgiu nos noticiários apenas nas ocasiões em que Antonella precisava de alguma coisa: um aniversário, um procedimento médico ou um simples passeio ao parque. E, apesar das manchetes que especulavam sobre a possibilidade de um novo romance, tanto Li Martins quanto JP mantiveram a porta fechada para fofocas, falando apenas sobre a importância de criar um ambiente estável para a filha.
Então, em outubro de 2018, os dois fizeram um movimento inesperado: confirmaram publicamente que estavam retomando o relacionamento. A notícia só se consolidou quando a cantora, em entrevista ao programa “Vídeo Show”, declarou que “estamos vivendo com calma, reconstruindo a confiança passo a passo”. O modelo, por sua vez, fez um post nas redes sociais falando que “a vida tem seus caminhos tortuosos, mas o amor verdadeiro encontra o jeito de voltar”.
Os fãs reagiram em massa. Enquanto alguns comemoraram o reencontro, citando “segundas chances” e “amor que supera obstáculos”, outros ficaram cautelosos, lembrando da separação inesperada durante a gravidez. A imprensa, por sua vez, se debruçou em analisar cada detalhe: como os dois equilibravam a vida profissional (com a cantora lançando seu primeiro álbum solo pós‑Rouge e o modelo fechando contratos de moda) e a nova vida familiar.
Para Li Martins, a decisão de “levar as coisas devagar” tem tudo a ver com o bem‑estar da filha. Em declarações recentes, ela explicou que a prioridade é garantir que Antonella cresça em um ambiente onde os dois pais estejam presentes, sem pressa nem pressão externa. “Não queremos que o filho sinta que a gente está se precipitando”, comentou em entrevista. “A gente tem muito a aprender um com o outro, a gente tem muito respeito”.
JP compartilhou a mesma visão. Em um podcast de paternidade, ele revelou que a maior lição do período de separação foi entender que a família não é apenas um romance, mas um compromisso diário. “Eu me tornei um pai melhor quando aprendi a ouvir, a respeitar e a colocar Antonella em primeiro lugar. Se isso também fortalece o nosso amor, então é um ganho para todos”.
Com a reaproximação, surgem novos desafios: conciliar agenda de turnês, gravações e eventos de moda, encontrar tempo para sair a dois, sem prejudicar a rotina da filha. A dupla tem buscado soluções práticas, como dedicar um “dia da família” a cada semana, quando todos passam tempo juntos, sem câmeras ou agendas lotadas. Esse cuidado reforça a ideia de que o relacionamento evolui com base em ações concretas, não só em declarações públicas.
Enquanto o futuro ainda é incerto, a história do casal mostra que o amor pode ter mais de uma temporada. Dois anos de distância, um bebê, carreiras em alta e a constante atenção ao bem‑estar da família moldaram um novo jeito de se relacionar. A cada dia, Li Martins e JP aprenderão a equilibrar o romance, a paternidade e a vida profissional, lembrando que “não tem pressa”, como ela mesma costuma dizer.