A arena MRV vibrou nos primeiros minutos da 25ª rodada quando Victor Hugo recebeu um passe na entrada da área e, sem hesitar, destinou a bola ao fundo das redes. Foi o único lance que acabou definindo o confronto entre o Atlético-MG e o Mirassol. O atacante, que tem sido peça-chave nas últimas jornadas, aproveitou um espaço aberto após uma falha na marcação adversária e finalizou com precisão.
Com o gol no placar, o time de casa passou a adotar uma postura mais cautelosa. O técnico fez ajustes no meio‑campo, reforçando a linha defensiva e orientando os jogadores a fechar linhas e impedir a circulação do adversário. O resultado foi um Atlético-MG que, mesmo com a pressão crescente do Mirassol, manteve a posse e controlou o ritmo da partida.
O ponto alto – ou baixo, dependendo do ponto de vista – da noite foi a intervenção do VAR. Em um lance de jogada direta, um jogador do Atlético-MG pareceu cometer uma falta grave contra um adversário, levantando suspeitas de agressão com força excessiva.
Segundo a Comissão de Arbitragem da CBF, a revisão de vídeo confirmou a conduta como "reação violenta" que inclui atos como "carga, salto sobre o adversário, chute, empurrão ou carrinho perigoso". O árbitro, então, manteve a decisão de vermelho, deixando o Galo com dez homens em campo.
Mesmo com a desvantagem numérica, o Atlético-MG não recuou. O treinador fez substituições estratégicas, trazendo jogadores mais defensivos para equilibrar o esquema. Enquanto isso, o Mirassol, que buscava o empate, trocou Iago Felipe por Alisson, adicionando um atacante extra na esperança de abrir o placar.
O Mirassol desembarcou com maior intensidade, criando oportunidades nas laterais e colocando a bola nas áreas, porém a falta de conclusão acabou sendo o calcanhar de Aquiles. O goleiro do Atlético fez intervenções decisivas e a linha defensiva, ainda que em menor número, mostrou organização.
No fim das contas, a partida ficou marcada não só pelo gol que garantiu os três pontos ao Galo, mas também pela discussão sobre a aplicação do VAR. O episódio reacendeu o debate sobre a consistência das revisões de vídeo no futebol brasileiro, enquanto os torcedores ainda especulam sobre como o resultado impacta a classificação para a fase final do Brasileirão 2025.